31/05/07

N02: Parque tecnológico da Zona Oeste criará mil empregos numa primeira fase

"O parque tecnológico da Zona Oeste está formatado para criar, numa primeira fase, mil empregos", disse hoje o presidente da Câmara Municipal de Óbidos, Telmo Faria, que está a preparar a construção do primeiro parque para empresas de base tecnológica daquela região.

Segundo o autarca, trata-se da criação de uma aldeia virada para empresas de base tecnológica e marcada pela arquitectura paisagística, "um projecto de atracção de elites económicas e culturais" que não irá descurar o património.

As cidades criativas – conceito criado pelo norte-americano Richard Florida – implicam um ‘work in progress’ que não é possível concretizar sem empresas criativas, salientou o autarca no Fórum Capital Humano 07 que decorre hoje e amanhã no Centro de Congressos de Lisboa por iniciativa da Associação Industrial de Lisboa – Confederação Empresarial.

"Não queremos fazer de Óbidos um parque temático com porta aberta 365 dias por ano. O gigante deve acordar e despertar, mas também tem que ter algum período de descanso e de relaxe", afirmou Telmo Faria, mas salientando a importância de iniciativas como a Feira Medieval, Festival do Chocolate ou o Projecto Vila Natal. "Todo o contexto é uma espécie de incubadora urbana e o investimento municipal passou a ser de 21 milhões de euros", disse, acrescentando que este gera contrapartidas, uma vez que o Projecto Vila Natal "envolveu quase 10 milhões de euros em criação de riqueza".

Apostar nas profissões criativas

Apesar de nenhuma cidade portuguesa figurar nos "rankings" internacionais relativos às cidades criativas, os oradores presentes neste painel subordinado ao tema "Cidades criativas – as pessoas como catalisador do desenvolvimento" mostraram acreditar que a posição do País pode melhorar, o que passa por apostar em profissões criativas, onde se incluem os músicos, gestores, artistas, arquitectos, etc.

"Desde 1995 até 2004, Portugal foi o único país onde estas profissões tiveram um retrocesso", salientou Miguel Lopes, professor de Psicologia no ISPA. De acordo com este docente, esta situação deve-se ao baixo nível dos três T: tecnologia, talento e tolerância – que levam à atracção de capital criativo.

Portugal está bem classificado no índice de criatividade em desenvolvimento e foi mesmo o país europeu que mais cresceu no registo de patentes – observando-se também um crescimento no capital científico e nos gastos com I&D – e presume-se que exista um ‘lag’ entre os resultados e o impacto, pelo que a situação poderá melhorar em breve, sublinhou Miguel Lopes.

O autarca de Óbidos referiu que Lisboa tem os três T, mas que o "autêntico circo político" faz com que não haja liderança e autoridades fortes, "sendo assim difícil que a capital surja no ‘ranking’ das cidades criativas com relevo".

Criar e reter talentos

Outra das questões abordadas hoje no Fórum foi a questão da criação e retenção de talentos.

Paulo Rosado, CEO da Outsystems, que considera que a sua empresa é imprópria para cardíacos – porque funciona a três velocidades: rápida, rápida e rápida. "Não temos mais nenhuma" – salientou que o nível salarial é importante para captar um colaborador, mas que não é isso que o mantém na empresa. Daí a necessidade de expandir a sua visão, "que ajuda a que se mantenham as pessoas".

O presidente da Outsystems salientou também a necessidade de, enquanto a empresa cresce, conseguir lidar com os choques culturais decorrentes das várias nacionalidades dos seus colaboradores, e de o inglês ser a linguagem comum. Nada na empresa é feito em português, nem sequer o "site".

Paulo Machado, "partner" da Mercer, disse que há alguma luz ao fundo do túnel em questão de retenção de talentos, mas que as notícias ainda não são boas. "Portugal passou da 11ª posição em 1999 para a 43ª actualmente", realçou. Quanto à atracção de trabalhadores estrangeiros qualificados, o País ocupa a 34ª posição. O responsável da Mercer também salientou que o salário nem sempre é um factor-chave para a retenção de talento e reforçou a necessidade de "mudar as tendências". O que passa por não partir do pressuposto que a boa "performance" de alguém é sinónimo de talento para toda a vida. "Ninguém pode ter o carimbo de estrela, ser talento é algo que se renova todos os dias", afirmou.

Para Francisco Costa Macedo, director de RH da Espírito Santo Saúde, a primeira coisa que a sua empresa fez para atrair o talento de que precisava foi criar uma "cultura de exigência". Quanto à retenção de talento, a única forma de o fazer "é criando condições para que ele queira regressar no dia seguinte", sublinhou.

E porque os artistas contribuem para a economia criativa, Leonel Moura também esteve presente como orador, tendo destacado os processos de criatividade não convencionais, como a "stigmergia" – método de comunicação indirecta através da modificação do ambiente. Para Leonel Moura, cuja arte se combina com a arquitectura, filosofia e ciência, é preciso deixar uma marca no ambiente onde se está, para que venha alguém a seguir, reaja a essa marca e faça também qualquer coisa. É disso que trata a stigmergia (sinal + acção), palavra que considera muito complicada e que em breve deverá ter uma denominação mais simples, provavelmente criada por um norte-americano.

Fonte: http://www.jornaldenegocios.pt/default.asp?Session=&CpContentId=296840

28/05/07

S05: Sites de Referência

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23/05/07

N01: "A escola que é um manifesto contra o eduquês"

Fica em Arruda dos Vinhos, concelho rural dos arredores de Lisboa. É a única escola desse concelho que tem terceiro ciclo do ensino básico e, por esse concelho ter sido o único onde a média a Matemática nos exames nacionais do 9º ano foi positiva, o PÚBLICO visitou a João Alberto Faria. A reportagem foi publicada segunda-feira, mas vale a pena voltar ao tema. Porque essa escola é um manifesto vivo contra o tipo de políticas que têm degradado a qualidade do ensino em Portugal.
Primeiro: naquela escola entende-se, e citamos, que "a massificação do ensino levou a um menor grau de exigência, mas a Matemática não se tornou mais fácil e mantém as dificuldades próprias da disciplina"- o que requer "esforço e trabalho".
Segundo: naquela escola não se embarca em modas, prefere-se cultivar a exigência. Por isso "o grupo de Matemática é pouco atreito a algumas inovações pedagógicas", por isso defende-se que "saber a tabuada é mais importante do que saber utilizar a calculadora", por isso interditaram mesmo a sua utilização no 2º ciclo.
Terceiro: como sem bons professores não há boas escolas, na Alberto Faria todos os professores são entrevistados antes de serem contratados, explicando-se-lhes qual a filosofia da escola e avaliando se os candidatos estão à altura do que se lhes vai pedir.
Quarto: não há nenhuma relação inelutável entre os bons resultados de uma escola e o nível sócio-económico da região onde se insere. Arruda dos Vinhos está longe de ser um dos concelhos com mais poder de compra e na João Alberto Faria não se seleccionam os alunos, recebem-se todos, mais ricos ou mais pobres. Mais: recebem-se também alunos de concelhos vizinhos, porque, como explicou um aluno do 10º ano que quer ir para Medicina, nela "o nível de exigência dos professores pode ser compensado pelos resultados nos exames, que normalmente tendem a ser melhores". Quem responde bem à exigência possui também o estímulo de figurar no Quadro de Honra da escola.
Quinto: uma direcção escolar focada em disciplinas como Matemática ou Português levou a que o tempo lectivo destinado ao Estudo Acompanhado fosse dedicado só a essas disciplinas. E quando acabam as aulas do 9.º ano os docentes estão disponíveis para dar aulas extra de preparação para os exames de Português e Matemática e ainda todas as que sentirem necessárias para o esclarecimento de dúvidas dos seus alunos.

Tudo o que atrás fica escrito permite que os bons resultados daquela escola se prolonguem no ensino secundário, tendo o ano passado ficado em 32º lugar nos rankings feitos a partir dos resultados a Matemática dos seus alunos no 12º ano. Uma boa posição, se nos lembrarmos que falamos de uma escola que não foi feita para alunos de elite.
Contudo, para o quadro ser completo, é necessário sublinhar outra: esta é uma escola privada. O seu nome completo é Externato João Alberto Faria. Mas os seus alunos não pagam para a frequentarem, pois, como é a única do concelho, tem um contrato de associação com o ministério. Estes contratos de associação são relativamente raros no país, havendo mesmo assim quem defenda que o Estado devia construir escolas públicas ao lado de estabelecimentos privados como este. Mesmo que tal saísse muito mais caro. E resultasse numa menor qualidade de ensino. Só que a Alberto Faria mostra como fazer o contrário pode resultar muito melhor.

Conclusões? Que se as escolas escolhessem os professores, se os alunos escolhessem as escolas, se o Estado se limitasse a dar orientações gerais, em vez de dirigir, e desse um cheque-ensino aos alunos menos abonados que quisessem ir para uma escola mais exigente, ou melhor, privada e paga, ganharia a qualidade de ensino e o ministro das Finanças agradeceria. Só os interesses instalados se revoltariam.

José Manuel Fernandes

Fonte: Jornal "Público"

21/05/07

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17/05/07

C18: Negócios pela internet

Nas últimas semanas, vários órgãos de comunicação social têm alertado para o facto de existirem cada vez menos empresários e empreendedores em Portugal. Estas conclusões são bastante preocupantes porque nenhum país consegue gerar riqueza sem um sector empresarial forte e dinâmico. Por outro lado, neste momento o Estado não está em condições de puxar pela economia, nem de criar novos postos de trabalho.

Nos últimos anos, Portugal tem sofrido com a crise económica, o envelhecimento da população, a introdução do euro, a globalização, a revolução tecnológica e, inclusivamente, com as alterações climáticas e as restrições ambientais, que começam a condicionar a nossa vida individual e colectiva. Perante esta situação, é natural que muitos empresários tenham receio em investir e procurar oportunidades de negócio.

Quem lida diariamente com as novas tecnologias já se apercebeu que os tempos que vivemos são fantásticos e quase assustadores. Todas as semanas somos confrontados com novos produtos ou serviços, totalmente inovadores, que chegam de todos os cantos do mundo, criados ou desenvolvidos por empresas minúsculas, algumas saídas directamente das universidades e dos países menos desenvolvidos do mundo.

Esta nova realidade permite-nos tirar algumas conclusões: o tamanho das empresas deixou de ser relevante para ser importante no mundo dos negócios; não existem fronteiras que condicionem o lançamento e venda de produtos ou serviços; e qualquer empresa ou pessoa pode ser inovadora.

Em Portugal, já existem muitas pequenas empresas e indivíduos que tentam tirar partido do que as novas tecnologias oferecem e das portas que a globalização abre, como são exemplo as pessoas e as pequenas empresas que usam sites de leilões para vender produtos como sandálias, carteiras ou roupa para criança, e os técnicos especializados que oferecem os seus serviços em portais ou sites onde empresas de todo o mundo procuram quem lhes faça o trabalho que os seus recursos humanos não conseguem efectuar, por falta de tempo ou por falta de conhecimentos técnicos.

Actualmente, o mercado global abre portas que eram inimagináveis até à relativamente pouco tempo. Já é possível negociar com pessoas de qualquer lugar do mundo sem se sair de casa ou do escritório e são muitos os portugueses que trabalham numa empresa durante o dia e que geram o seu pequeno negócio em casa, usando o computador e a internet.

Muitos dos negócios são feitos sem se conhecer pessoalmente quem está do outro lado e não são poucas as vezes que ficamos surpreendidos por receber um e-mail de um país distante a perguntar sobre algum produto ou serviço que temos para vender ou executar.

Naturalmente, só se conseguem alcançar resultados positivos com o tempo, persistência e também alguns insucessos pelo caminho. Mas será que existe algum negócio legal que não seja assim?

Por isso, sugerimos que as pequenas empresas aproveitem as vantagens das novas tecnologias, da globalização e dos milhões de consumidores e de empresas espalhadas pelo mundo. Há espaço e oportunidades para todos.

14/05/07

S03: Sites de Referência

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07/05/07

S02: Sites de Referência

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