31/01/07

C06: Marketing na internet


Com a Internet, novos serviços de marketing têm surgido e tomado uma posição de relevo na vida das empresas e dos consumidores. Aos poucos, a televisão e os meios de comunicação social tradicionais começam a perder terreno para os novos sites e portais e para os novos serviços de marketing que vão sendo criados.

O serviço de marketing mais utilizado é o envio de newsletters. O conceito é simples e apoia-se nos tradicionais folhetos ou brochuras que são distribuídos em feiras ou enviados para as caixas de correios. Com as newsletter, as empresas enviam informações sobre os seus produtos e serviços via e-mail, com base em listas de e-mails compradas a empresas especializadas ou com os e-mails registados no site da própria empresa. Utilizando este serviço, podemos saber quantas pessoas viram a newsletter ou visitaram o site da empresa através dos links na newsletter.

As vantagens deste serviço são claras: baixos custos de produção e envio, marketing mais direccionado para o público-alvo e possibilidade de saber que tipo de conteúdos foram vistos por esse mesmo público. Quando usamos este serviço importa permitir a quem recebe a newsletter poder eliminar o nome da lista de e-mails a qualquer momento, de uma forma rápida e simples.

Outro serviço popular, e de algum modo já tradicional, é a colocação de anúncios de publicidade em sites ou portais. Os custos de produção são um pouco mais elevados. Consoante o site, as possibilidades de anunciar também variam. No entanto, é normal podermos escolher as horas a que o nosso anúncio aparece, o número de vezes por dia que é visualizado e direccionar o anúncio para os conteúdos das páginas do site ou portal. Para aceder ao site da empresa basta ao visitante clicar no anúncio e será redireccionado para o site da empresa.

Um novo serviço de marketing que surgiu com as empresas nascidas com a internet foi o “Google Ad-words”. O conceito é muito simples, mas eficaz. As empresas compram o seu espaço de publicidade no motor de pesquisa “Google”, através de palavras-chave escolhidas de acordo com o seu negócio. Quando um visitante utiliza uma determinada palavra ou expressão no motor de pesquisa, aparecem no lado direito todas as empresas que estão associadas àquela palavra-chave. Se o visitante clicar no link de uma dessas empresas o site Google debita o valor que a empresa se predispôs a pagar por esse link. Para as empresas, independentemente da sua dimensão, esta é uma forma muito barata e simples de fazer publicidade, para a empresa Google são milhares de euros que entram todos os dias nos cofres.

Com o desenvolvimento e criatividade das novas empresas da Internet surgem quase todo os dias novas formas de fazer marketing ou comercializar produtos e serviços.

As propostas para serviço de marketing serão cada vez mais segmentadas, procurando que as empresas atinjam o alvo mais facilmente, ao mais baixo custo e com o máximo retorno.

Muitas empresas à escala mundial já vendem produtos e serviços em sites de leilões, por exemplo. Noutros sites, freelancers de todo o mundo vendem os seus serviços a grandes empresas, que procuram serviços de qualidade a baixos preços. A verdade é que pequenos comerciantes e empresários em nome individual conseguem ganhar uma maior projecção que seria difícil usando os meios tradicionais de marketing, já que são necessários grandes recursos financeiros e técnicos.

A Internet dia após dia vai mudando a forma de fazer negócios. As grandes empresas não conseguem chegar a todo o lado e os empresários de pequena dimensão conseguem aproveitar os nichos de mercado que não são tão bem cobertos por elas. Com um pouco de imaginação e muita entrega todos têm espaço neste novo mundo globalizado, basta não perder as oportunidades que surgem e procurar sempre novas formas de vender os produtos e serviços prestados.

25/01/07

C05: Criar um site para uma empresa

Actualmente, a Internet é um meio privilegiado para os consumidores pesquisarem produtos e serviços e tem vindo a substituir os antigos suportes de pesquisa ou de informação, como os catálogos, páginas amarelas em papel, anuários ou feiras ou até cd-roms.

Apesar destes avanços, há ainda muitas empresas que continuam a prescindir de ter uma presença neste meio tecnológico. Por outro lado, muitas das que já estão presentes na Internet, não apostam devidamente na sua imagem, nem potenciam a sua presença nesse meio poderoso de informação e comunicação.

Indiferentes a esta situação, muitos são os consumidores e clientes que só usam a Internet para pesquisar os produtos e serviços que precisam.

Na rubrica de hoje, vamos centrar-nos nas empresas que ainda não dispõem de qualquer site na Internet e não sabem o que fazer para iniciar um projecto dessa natureza.

Quando uma empresa pretende desenvolver um site na Internet deve definir claramente os objectivos que pretende alcançar, a imagem que quer transmitir da sua empresa e que tipo de informação pode e deve apresentar. Muitas vezes, este tipo de análise é deixado para as empresas que desenvolvem o site, o que é um erro, pois as empresas de informática conhecem a tecnologia, mas são as empresas que contratam o serviço que conhecem o negócio e o mercado onde se inserem. Consequentemente, é na interacção entre os dois que deve ser construído o projecto de site.

Um site na Internet é a porta de entrada de qualquer empresa no mundo da Internet e, por isso, esta ferramenta de informação e comunicação deverá ser pensada tendo em conta este aspecto.

O design do site deve ser atractivo e os textos objectivos e concisos, de modo a que o visitante compreenda automaticamente o que a empresa faz ou vende.

A verdade é que o mundo da Internet é um pouco cruel e nem sempre existe uma segunda oportunidade. É importante captar imediatamente a atenção, uma vez que os internautas nunca perdem muito tempo com sites que não lhes despertem os sentidos ou que não respondam às suas necessidades.

Um site na Internet, comparado com outros suportes normalmente utilizados para a promoção e divulgação de uma empresa, é muito barato e apresenta mais vantagens. Os custos de produção e manutenção resumem-se à concepção e desenvolvimento do site (programação e web design), ao seu alojamento num servidor de Internet e ao registo do endereço. A complexidade do site faz variar o preço final do projecto. No entanto, esse preço será sempre inferior a qualquer dos meios referidos anteriormente. Além disso, o site pode ser actualizado com frequência, consultado por um maior número de pessoas, à escala global, podemos saber quantas pessoas acedem ao site, de que países, páginas mais visitadas, por exemplo. A verdade é que nenhum outro suporte comercial ou informativo oferece estas vantagens.

Através da Internet micro-empresas tornaram-se grandes e trabalhadores independentes conseguiram montar o seu negócio a partir de casa, sem grandes custos ou investimentos iniciais. Cresceram através da Internet, pela qualidade do serviço prestado, dos produtos disponíveis, preços oferecidos e pelo destaque que conseguiram nos motores de pesquisa ou em portais de referência. Com o apoio das novas tecnologias, a dimensão e a localização deixaram de ser um problema.

Um site por si só não resolve problema nenhum. No entanto, as empresas que confiam nos seus produtos e serviços podem, efectivamente, aumentar a sua exposição pública e comercial, com um site que seja bem concebido, que capte a atenção dos clientes ou visitantes.

18/01/07

C04: E-Banking

Um dos principais serviços disponíveis para os utilizadores da Internet é o e-banking ou banca electrónica.

Consultar os movimentos bancários… fazer pagamentos… efectuar transferências bancárias… pedir cheques e cartões de crédito ou de débito… consultar a situação dos empréstimos bancários… fazer simulações de crédito… comprar e vender aplicações financeiras… consultar a bolsa em tempo real… tudo isto é possível a qualquer hora do dia e a partir de qualquer local, utilizando um computador ou até telemóvel…

As vantagens oferecidas pela utilização destes serviços são reconhecidas tanto por clientes particulares como empresas, já que, segundo as instituições bancárias, cerca de 20% das transacções dos bancos são feitas através da Internet.

Com o e-banking as suas idas ao banco podem tornar-se numa raridade… e sem sair de casa tem acesso a uma agência bancária. Só ainda não é possível levantar dinheiro, funcionalidade que levará muitos e bons anos até ser real (se é que algum diria virá a acontecer).

Os serviços bancários portugueses são dos mais avançados da Europa, veja-se o e-banking e a rede do Multibanco (que é uma das melhores redes do género a nível mundial).

Onde existem bancos existirão sempre tentativas de fraude e a Internet não está, naturalmente, imune a essa situação. Apesar disso, o aumento do número de utilizadores do e-banking deve-se em grande parte à qualidade, garantias e comodidade dos serviços disponibilizados pelos bancos.

O processo actualmente mais usado pelos “os amigos do alheio” chama-se Phishing, que não é mais do que enviar um e-mail em nome do banco, conduzir os utilizadores a um site falso, mas totalmente idêntico ao dos bancos, e esperar que sejam inseridos os códigos de acesso para registar os mesmos numa base de dados dos “piratas”.

Os bancos dão prioridade máxima a este tipo de problemas e dispõem de equipas só dedicadas a estas questões e com frequência alertam os clientes para tentativas de fraude que chegam por e-mail ou por outras vias.

No entanto, por muito que os bancos se esforcem a controlar algumas fraudes, o maior número de fraudes e problemas ocorrem devido ao descuido dos clientes.

Se é um utilizador do e-banking deve seguir um conjunto de regras, tais como:
- Nunca responder aos e-mails onde se solicitam passwords em nome dos bancos;
- Alterar as palavras-passe com frequência;
- Nunca deixar as palavras-passe em locais de acesso fácil, como a carteira, a mesa de trabalho ou nas costas do cartão multibanco;
- Memorizar as palavras-passe. A sua memória é o local mais seguro;
- Ler com frequência no site do seu banco quais as recomendações que são dadas em termos de segurança.

Apesar do e-banking ainda ser motivo de desconfiança para muitas pessoas é, segundo as estatísticas, um dos sistemas mais seguros para efectuar as suas transacções bancárias, mais do que o Multibanco ou os cheques, por exemplo.

Se ainda não utiliza este serviço, fale com o seu banco e peça uma demonstração sobre o e-banking, custos de utilização do serviço, as funcionalidades disponíveis e cuidados a ter com a segurança dos seus códigos de acesso. Em certos bancos é também possível limitar as funcionalidades a utilizar.

Se experimentar o serviço de e-banking rapidamente vai trocar as suas idas às agências do seu banco, pelo conforto da sua casa.

11/01/07

C03: Compras na internet

Este natal as vendas através da Internet subiram em flecha, quer em Portugal quer no estrangeiro, seguindo a tendência dos últimos anos.

Vários factores têm contribuído para esse incremento:
- Maior confiança dos consumidores no comércio electrónico;
- Aumento do número de sites que disponibilizam a venda de produtos e serviços através da Internet;
- E por outro lado, já existe um número muito significativo de clientes habituais para este serviço.

As compras através da Internet têm inúmeras vantagens:
- O nosso leque de escolha de produtos e serviços aumenta à escala global, uma vez que não existem fronteiras;
- Podemos encontrar produtos que não existem na nossa área de residência ou até em Portugal;
- E podemos comparar preços com um maior número de mercados e empresas

Também existem desvantagens:
- Quando o produto se estraga ou se avaria o processo de reclamação é muito complicado e moroso, em especial se as compras foram feitas em sites estrangeiros;
- Não existe contacto físico entre quem compra e quem vende;
- E não vemos o produto, criando uma maior desconfiança e incerteza.

Em Portugal, os processos mais frequentes para pagamento das compras efectuadas são o sistema português MBNET e o cartão de crédito.

O MBNET é um sistema simples e totalmente seguro. Para activá-lo basta ir ao multibanco, instalar um pequeno programa no pc, aceder ao site que pretende e depois pagar no Multibanco a compra que efectuou, com os códigos fornecidos no site.

O cartão de crédito é o sistema mais difundido a nível mundial. Este método está mais sujeito a fraudes. Cientes disso, as empresas emissoras dos cartões já criaram mecanismos de devolução de dinheiro para situações de comprovada fraude, mas devemo-nos certificar sempre que vamos comprar os nossos produtos ou serviços a uma empresa credível e que o nosso dinheiro não vai parar a um buraco sem fundo. Devemos, também, ter sempre em conta que a divulgação dos dados do nosso cartão a desconhecidos poderá trazer-nos graves consequências.

A compra de produtos através da Internet tem normalmente alguns custos associados que, não sendo contabilizados, poderão tornar a compra contraproducente. Esses custos são o transporte e as taxas alfandegárias (para compras efectuadas fora da União Europeia). As cotações das moedas e as suas flutuações também devem ser tidas em conta, assim como o preço final do custo da transacção.

Pela minha experiência, comprar através da Internet traz grandes vantagens. Já comprei bilhetes para espectáculos culturais sem ter que me deslocar até Lisboa e comprei livros e modelos de equipamentos electrónicos que, na altura, ainda não existiam em Portugal. Nas compras de produtos provenientes de outros países, certifiquei-me sempre junto do serviço de apoio aos clientes como teria de proceder, caso o equipamento tivesse uma avaria. As respostas pouco satisfatórias fizeram-me procurar os produtos noutros sites.

Se deseja experimentar, mas continua apreensivo, comece por comprar bens que não tenham um custo elevado, como bilhetes para espectáculos, livros ou discos. À medida que ganhar confiança e uma maior experiência, poderá comprar outro tipo de produtos e serviços. Vai ver que se vai surpreender com a diversidade de escolhas existentes à escala mundial, tudo à distância de meia dúzia de clicks.

03/01/07

C02: Programas e Sites de conversação - Precauções a ter

Bom dia a todos,

Em primeiro lugar, quero desejar a todos os ouvintes um excelente 2007 e que a passagem de ano tenham servido para carregar baterias para o novo ano que agora começa.

Neste fim-de-semana quase toda a gente recorreu a alguns dos serviços de comunicação mais modernos para mandar mensagens e felicitações pela chegada de mais um ano.

A verdade é que a comunicação entre as pessoas tem-se alterado em muito graças aos avanços tecnológicos, em especial com o aparecimento e massificação dos telemóveis, do correio electrónico e dos programas e serviços de conversação pela Internet.

A qualquer hora e em qualquer local, as pessoas podem ser contactadas, desde que tenham um telemóvel ou computador com acesso à Internet. O poder da ubiquidade passou a ser uma constante da vida.

Na Internet existem vários programas ou sites onde qualquer um pode conversar em tempo real com o mais variado tipo de pessoas ou dar-se a conhecer a todos os utilizadores desse programa ou site.

A massificação deste género de programas deu-se com os famosos chats, programas com salas de conversação por temas ou interesses e onde todos podiam falar com todos, de uma forma anónima, utilizando alcunhas / nicknames.

Depois, surgiram programas de troca de mensagens. Nesses programas somos nós que definimos quem está na nossa lista de contactos e, em qualquer momento, sabemos quem está ou não ligado ao programa. A evolução desses programas permite que hoje, para além das funções clássicas, também seja possível trocar ficheiros, conversar com voz e ver imagens dos nossos contactos em tempo real através de uma câmara. O primeiro programa mais popular foi o ICQ e hoje é o Messenger.

A nova geração de serviços de comunicação massiva vai um pouco mais longe.

Estes serviços ou sites permitem registar um vasto conjunto de dados pessoais, fotos, adicionar os nossos amigos e saber quais são os amigos que esses amigos têm. É ainda possível pesquisar o perfil de todas as pessoas que estão registadas no site, sejam elas de Portugal, do Brasil ou de Inglaterra. Só é preciso que elas aceitem o nosso pedido de registo. O programa mais popular neste género é o Hi5.

Quem já utilizou estes programas ou serviços sabe que são formas muito baratas e úteis de comunicar, seja por necessidades em termos profissionais, pessoais ou até académicas.

Ao contrário dos jovens, que conhecem estes programas e usam-nos, a maioria dos pais certamente desconhece a existência destes programas ou serviços. A crónica de hoje centra-se nesse problema, que nos parece ser importante, e que, a título de exemplo, já levou a Associação de Pais do Externato João Alberto Faria (Arruda dos Vinhos) a realizar um debate sobre o tema, com a presença de inúmeros pais.

A quase totalidade de programas e serviços são excelentes veículos de comunicação e a sua utilização permite-nos conhecer pessoas muito interessantes, de culturas e línguas diferentes, de qualquer canto do mundo. Os jovens conhecem estas vantagens, mas por vezes desconhecem que importa ter alguns cuidados para evitar certo tipo de problemas.

Nestes programas é muito fácil iludir quem somos na realidade. Quem está do outro lado não nos vê e por isso podemos dizer que somos uma mulher sendo homem, que temos 15 anos tendo 50, que temos olhos azuis e cabelo louro, quando temos tudo menos isso.

Por outro lado, expor demasiados dados privados em sites públicos pode trazer grandes transtornos.

Se usarmos fotos pessoais, qualquer pessoa pode copiar essas fotos e fazer delas o que bem entender;

Nos últimos anos já foi possível ler, ouvir e ver algumas chamadas de atenção importantes sobre a utilização destes programas por parte dos jovens.

Em situações mais extremas, alguns saíram de casa para se encontrarem com pessoas que conheceram através da Internet e depois tiveram problemas em regressar a casa, quando se aperceberam que tinham errado ou que a realidade da Internet era totalmente virtual.

Este conjunto de informações pretendem alertar e despertar muitos pais para uma nova realidade, que é incontornável. Os filhos usam esses programas, seja na escola, nas bibliotecas, espaços públicos ou em casa.

Por isso, importa ter uma maior informação sobre esses programas e tentar saber junto dos filhos se os usam.

Sem grandes dramas ou pressões, peçam aos vossos filhos para mostrar esses programa ou sites onde têm registado os seus perfis, tentem saber que tipo de dados pessoais disponibilizam, com quem falam e de onde conheceram as pessoas com quem falam.

Muitas vezes, os jovens não percebem o mal que pode advir do facto de se exporem em demasia e, por isso, o acompanhamento dos pais é importante. É importante fazê-los pensar que nem todos os comportamentos são correctos, já que podem ter problemas desnecessários, seja porque divulgaram contactos pessoais a uma pessoa que julgavam conhecer bem ou porque deixaram imagens ou vídeos num site.

Quando usadas correctamente, estas ferramentas são, como já se disse, excelentes veículos de comunicação. Se as experimentar vai ver que vai gostar e tal como os seus filhos também passará a ser um fã das mesmas. Os amigos e a família ficam mais perto, mesmo que estejam do outro lado do mundo.

E por hoje terminamos a nossa rubrica.

Resta-me agradecer a atenção de todos e renovar os votos de um excelente ano de 2007.