17/05/07

C18: Negócios pela internet

Nas últimas semanas, vários órgãos de comunicação social têm alertado para o facto de existirem cada vez menos empresários e empreendedores em Portugal. Estas conclusões são bastante preocupantes porque nenhum país consegue gerar riqueza sem um sector empresarial forte e dinâmico. Por outro lado, neste momento o Estado não está em condições de puxar pela economia, nem de criar novos postos de trabalho.

Nos últimos anos, Portugal tem sofrido com a crise económica, o envelhecimento da população, a introdução do euro, a globalização, a revolução tecnológica e, inclusivamente, com as alterações climáticas e as restrições ambientais, que começam a condicionar a nossa vida individual e colectiva. Perante esta situação, é natural que muitos empresários tenham receio em investir e procurar oportunidades de negócio.

Quem lida diariamente com as novas tecnologias já se apercebeu que os tempos que vivemos são fantásticos e quase assustadores. Todas as semanas somos confrontados com novos produtos ou serviços, totalmente inovadores, que chegam de todos os cantos do mundo, criados ou desenvolvidos por empresas minúsculas, algumas saídas directamente das universidades e dos países menos desenvolvidos do mundo.

Esta nova realidade permite-nos tirar algumas conclusões: o tamanho das empresas deixou de ser relevante para ser importante no mundo dos negócios; não existem fronteiras que condicionem o lançamento e venda de produtos ou serviços; e qualquer empresa ou pessoa pode ser inovadora.

Em Portugal, já existem muitas pequenas empresas e indivíduos que tentam tirar partido do que as novas tecnologias oferecem e das portas que a globalização abre, como são exemplo as pessoas e as pequenas empresas que usam sites de leilões para vender produtos como sandálias, carteiras ou roupa para criança, e os técnicos especializados que oferecem os seus serviços em portais ou sites onde empresas de todo o mundo procuram quem lhes faça o trabalho que os seus recursos humanos não conseguem efectuar, por falta de tempo ou por falta de conhecimentos técnicos.

Actualmente, o mercado global abre portas que eram inimagináveis até à relativamente pouco tempo. Já é possível negociar com pessoas de qualquer lugar do mundo sem se sair de casa ou do escritório e são muitos os portugueses que trabalham numa empresa durante o dia e que geram o seu pequeno negócio em casa, usando o computador e a internet.

Muitos dos negócios são feitos sem se conhecer pessoalmente quem está do outro lado e não são poucas as vezes que ficamos surpreendidos por receber um e-mail de um país distante a perguntar sobre algum produto ou serviço que temos para vender ou executar.

Naturalmente, só se conseguem alcançar resultados positivos com o tempo, persistência e também alguns insucessos pelo caminho. Mas será que existe algum negócio legal que não seja assim?

Por isso, sugerimos que as pequenas empresas aproveitem as vantagens das novas tecnologias, da globalização e dos milhões de consumidores e de empresas espalhadas pelo mundo. Há espaço e oportunidades para todos.

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