12/12/07

C32: Cuidados a ter na compra de um GPS

Há um novo termo do mundo da tecnologia que entrou no léxico de muita gente, em especial das pessoas que têm dificuldade em saber por onde andam. Esse termo é GPS, que em inglês significa Global Positioning System.

O que é um GPS?

GPS é um sistema de rádio navegação, baseado em satélite, desenvolvido e operado pelo Departamento de Defesa Americano.

As funções básicas de um GPS são informar as coordenadas de um determinado objecto na terra e dar orientação de navegação para qualquer outro ponto. O GPS foi originalmente criado para aplicações militares, mas nos anos oitenta, o governo Americano disponibilizou o sistema para uso civil. Os GPS trabalham em qualquer condição de tempo, em qualquer lugar no mundo, 24 horas por dia, e não é cobrada nenhuma taxa para se usar o GPS.

Com a chegada do Natal muita gente sentir-se-á tentada a oferecer a si mesma ou a alguém mais chegado um GPS, prenda muito útil, que deixará qualquer adulto muito satisfeito. Aqui deixamos algumas dicas para escolher o equipamento mais indicado.

• Queremos ou não um GPS portátil?
Os GPS portáteis cabem no bolso, mochila ou no suporte para o painel do carro. Alguns, também se apresentam em formato de relógio de pulso, ideal para pessoas que fazem caminhadas ou andam de bicicleta e que, desse modo, precisam de um equipamento GPS leve.

Os dispositivos para automóveis geralmente incluem mapas ou permitem que você faça o download de informações complementares. Muitos também fornecem direções por comando de voz para que se possa manter sua atenção na estrada, ecrãs tácteis e opções de instalação.

• Também devemos pensar se queremos só GPS, ou um equipamento que leia MP3, que ligue ao Ipod, ligue ao Bluetooth do telemóvel, etc.
• Se queremos só mapas de Portugal / Espanha ou toda a Europa.
• O contraste do ecrã quando o sol bate no mesmo.
• Quando são portáteis, qual a autonomia da bateria.
• Ver os mapas dos equipamentos antes de comprar, pelo menos na zona onde vai usar.
• Ver quanto custam as actualizações dos mapas.
• Ver se uma solução PDA / GPS, por razões de programas do PDA, não será mais compensadora.
• Precisão: A maioria dos dispositivos GPS pode determinar a nossa localização dentro de 15 metros. Se precisar de maior precisão, procure GPS diferencial (DGPS), que calcula sua localização de 1 a 3 metros.
• Opções de interface: Os dispositivos de GPS apresentam uma variedade de tamanhos de ecrã e podem ser monocromáticas ou coloridas. Os ecrãs maiores e coloridos custam um pouco mais do que os dispositivos de ecrã monocromática. Os ecrãs coloridos fornecem mais detalhes, porém gastam mais bateria. Ao pesquisar a descrição dos itens, avalie a imagem que o vendedor fornece e certifique-se de que o ecrã é adequado para suas necessidades. Ao comprar um dispositivo GPS para veículos, observe a navegação por toque no ecrã, comandos de voz audíveis para direção e computador de bordo. Essas características ajudarão a manter os olhos na estrada e o computador de bordo avisará sobre a distância restante quando você dirige do ponto A para o ponto B.
• Armazenamento de dados: Muitos dispositivos GPS vem com mapas embutidos, mas pode armazenar mais informações caso o seu equipamento seja compatível com cartões removíveis de memória Secure Digital ou CompactFlash. Os dados de mapeamento não ocupam muito espaço e muitas unidades já vem com cartões de memória de 128 MB.
• Unidades GPS de combinação: Dispositivos GPS independentes funcionam perfeitamente para a maioria das pessoas, mas alguns PDAs vem com a funcionalidade embutida. Se precisa de um PDA, considere uma dessas combinações.
• Procure um dispositivo de GPS com design reforçado e características de resistência às intempéries se deseja usá-lo ao ar livre.

05/12/07

C31: Privacidade dos dados pessoais

Nos últimos tempos muito se tem falado sobre escutas telefónicas e sobre a protecção dos dados pessoais e da privacidade individual.

A invasão da privacidade individual é um tema que ganha, a cada dia que passa, uma relevância maior, porque cada vez mais somos ameaçados ou incomodados, directa ou indirectamente, por outros agentes, sejam empresas ou até por outros indivíduos, pondo em causa a nossa tranquilidade e bem-estar, ou, em casos mais extremos, o nosso património ou segurança.

Nos últimos anos, com o aumento exponencial dos sistemas de informação e comunicação, os nossos dados pessoais estão registados e disponíveis para um maior número de empresas e entidades públicas (Administração Central, regional ou local). Actualmente é impossível sabermos em quantas bases de dados ou sistemas de informação os nosso dados pessoais estão registados.

Muitas vezes e, de forma inconsciente, estamos a permitir que entidades menos idóneas, registem os nossos dados pessoais. Esse registo é depois usado, por exemplo, para nos enviarem todo o tipo de propostas comerciais pelo correio, telefonarem-nos a horas menos próprias a apresentar soluções milagrosas para alguns dos nossos problemas. Infelizmente, nesta matéria ainda há muito a fazer na área da defesa do direito dos consumidores. Essas bases de dados não estão acessíveis a quem quer consultar ou eliminar os seus dados e a sua partilha com outras empresas também é feita de forma ilegal.

Outra “actividade” que deixa sempre rasto é o uso do cartão de Multibanco ou VISA. Ao usarmos estes cartões estamos informar as entidades que gerem estes sistemas e os seus parceiros comerciais que, por exemplo, estamos em determinado local e hora, e sempre que passamos na Via Verde estamos a “dizer” o mesmo.
O uso do telemóvel, para além de poder ser escudado em determinadas condições, como tem sido referido, também deixa rasto, seja indicando com quem falámos, a que horas e em que local nos encontrávamos.

A bem da verdade, as principais empresas respeitem o sigilo a que se comprometem nos contratos, e apenas revelam determinado tipo de informações quando obrigados pelas autoridades. No entanto, isso não significa que não tenhamos que ler com atenção os contratos que fazemos. Apesar dos aspectos negativos, também existem aspectos que nos beneficiam. O cruzamento de dados entre empresas do mesmo grupo financeiros pode permitir-nos ter um juro mais baixo na compra de uma casa, porque, através dos dados registados, é possível verificar que somos uma pessoa que cumpre sempre com as suas obrigações contratuais. No caso dos telemóveis, o facto de ser possível localizar sempre o telemóvel pode ajudar a encontrar pessoas que estejam perdidas e com dificuldades em contactar as autoridades ou familiares.

Se as empresas muitas vezes utilizam de forma indevida os nossos dados, a verdade é que nos próprios muitas vezes somos os primeiros a descurar a nossa privacidade, pelo modo como utilizamos a Internet ou por não termos cuidado com a protecção e segurança do nosso pc.

Raramente o comum dos utilizadores dos pcs tem cuidado com a segurança dos mesmos, deixando as portas abertas para invasores pouco altruístas.

A exposição pessoal em sites e blogs com fotos e dados pessoais pode ser um risco. Qualquer pode copiar as fotos e usá-las por os fins que lhe apetecer. Por outro lado, quando eliminamos essas informações nem desaparecem rapidamente uma vez que a actualização das alterações pode levar semanas ou meses.

Sabe-se que os EUA vivem numa certa paranóia securitária e lá terão as suas razões. Como se as anteriores exigências não bastassem, agora as autoridades também pesquisam informações na Internet sobre quem pretende entrar no país. Já aconteceu a algumas pessoas não poderem entrar ou porque escreveram textos a dizer mal dos Estados Unidos ou porque as fotografias que colocaram no seu blog não eram as mais apropriadas para a pseudo-moralidade americana.